Em discurso divulgado exclusivamente pelas redes sociais, neste 7 de Setembro, a presidente Dilma Rousseff (PT) fez novo mea culpa pela crise e falou sobre a necessidade de “remédios amargos” para “colocar a casa em ordem”. É a segunda vez que a comunicação do Planalto restringe o discurso presidencial à internet. Isso ocorreu pela primeira vez no dia 1º de Maio, Dia do Trabalho, por medo dos panelaços.
O vídeo começa já com Dilma falando sobre a sua responsabilidade nos desafios e soluções para o Brasil.
“As dificuldades e desafios resultam de longo período em que o governo entendeu que deveria gastar o que fosse preciso para garantir o emprego e a renda do trabalhador, a continuidade dos investimentos e dos programas sociais. Agora temos de reavaliar todas essas medidas e reduzir as que devem ser reduzidas”, discursa Dilma.
Em seguida, ela volta a comparar o País com a situação internacional e, neste momento, menciona a questão humanitária na Europa. Ela menciona o caso do menino sírio Aylan Kurdi, de três anos, cujas imagens do pequeno corpo sem vida em uma praia comoveram o mundo inteiro e geraram uma corrente de solidariedade entre países europeus.
Depois ela volta a falar sobre a crise brasileira.
“Se cometemos erros, e isso é possível, vamos superá-los e seguir em frente. Quero dizer a vocês: alguns remédios para esta situação, é verdade, são amargos. Mas são indispensáveis. As medidas que estamos adotando são necessárias para colocar a casa em ordem. Reduzir a inflação, por exemplo. Nos fortalecer diante do mundo e nos conduzir o mais breve possível o Brasil à retomada do crescimento”, afirma Dilma.