Dia 8 de novembro de 2016, é como muita tristeza que comunico aos amigos do grupo que faleceu nesta manhã meu pai Pedro Alves de Andrade. Foi com esta pequena mensagem que comuniquei a todos os amigos das redes sociais que meu querido, meu velho, meu amigo, terminou sua jornada aqui na terra.
A partir deste instante foram inúmeras ligações de apoio, mensagens de conforto, votos de pesar, emoções das mais diversas, demonstrações de carinho e admiração vindas de todos os lados. De João Pessoa para Guarabira acompanhando seu corpo, sozinho no meu carro, ví uma história inteira passando na minha frente, chegou a hora da despedida.
Para muitos, as manhãs de domingo não serão mais as mesmas, ouvi depoimentos fervorosos, de um apego inigualável, um amor de verdade de pessoas que o viam pouco, que o conheciam apenas do rádio, mas que o adoravam como se fossem velhos amigos.
E quantos aos amigos, Roberto Carlos canta que queria ter um milhão, ele certeiramente superou essa marca sem precisar ser um artista famoso, apenas sendo esta pessoa simples que os mais próximos conheceram. Foi brilhante na arte de fazer amizades, sabia construí-las com intensidade, gostava de tratar as pessoas bem, ser cordial e educado com quem quer que seja, era uma das práticas mais usadas no seu dia-a-dia.
Em seu velório, era notório a consternação de todos, mas prefiro contar alguns relatos de alguns amigos.
Seu fiel escudeiro Geraldo Raimundo (Geraldo bam bam Fagner como ele chamava), me confidenciou, “depois que seu pai se aposentou, não tive mais coragem de trabalhar. Para onde eu olhava via Pedro, só esperei chegar o tempo para também me aposentar”. Esse vou chamar de tio, da minha infância até os dias de hoje não me lembro de uma amizade tão pura e bonita, não posso chamar apenas de amigos, eles eram irmãos. Ficou do lado seu amigo desde sua chegada à loja maçônica até os últimos instantes no cemitério Bom Jesus.
O amigo técnico em eletrônica Lira (O cientista Maluco), disse assim, “Pedro me fez acreditar que eu conseguiria fazer um trabalho que não imaginava e deu certo, aliás, ele sempre acreditava em todos que tentavam caminhar pela radiofonia, nunca disse a alguém palavras de desestímulo, era um entusiasta, pagava pra ver e dava certo”. Foram inúmeros profissionais que saíram da constelação FM para o radio brasileiro. Para não cometer o erro de esquecer algum, não vou citar nomes.
O irmão maçom, Agamenon Augusto Ferreira em sua despedida oficial em nome de todos que fazem a loja maçônica Tiradentes discursou, “Se há um lugar lá no céu para os que foram justos e perfeitos, lá estará Pedro Alves de Andrade”. Como venerável mestre de nossa loja deixou um legado que jamais esqueceremos.
Muitos chegavam e diziam “Pedro Alves tirou uma foto com o rei Roberto Carlos”, eu prefiro dizer que Roberto que tirou uma foto com Pedro, para mim, um divulgador incansável da obra do rei. Doava calendários com essa foto, organizava excursões para os shows quando era aqui pela região, gravava fitas cacetes e cds para distribuição assim que seus novos sucessos eram lançados no fim do ano. Enfim, nos seus domingos de folga, sentia prazer em realizar seus programas dos mais diversos lugares da região, e fez isso até em quanto pode fisicamente.
Ao senhor Pedro Alves, Josefa Soares de Andrade esposa, Pierre, Sandro, Pedro Paulo e Esther, filhos, sentimos profundamente sua perda, não haverá um só dia que não lembremos de suas palavras, suas orientações, suas piadas, seu jeito de ser. Porém, estamos convictos que cumpristes sua missão aqui na terra, que serás lembrado por todos que te conheceram, e reverenciado por muitos.
Muito obrigado por tudo que fizestes por nós.
Pedro Paulo Andrade
Professor mestre em Matemática e filho de Pedro Alves