Ao contrário do card preliminar do UFC SP, as disputas principais da noite renderam muitas alegrias para a torcida brasileira que lotou o Ginásio do Ibirapuera neste sábado (7). Encabeçados por Vitor Belfort, que vinha de derrota para Chris Weidman em maio, a trupe verde e amarela deu show e colecionou nocautes no octógono. Com destaque para o próprio ‘Fenômeno’, que de quebra ultrapassou uma marca histórica de Anderson Silva.
Vitor Belfort tirou a limpo duas diferenças com o americano Dan Hederson e, na batalha dos veteranos, anotou novo triunfo e desempatou a disputa som o segundo nocaute contra o banguela, ambos conquistados em território nacional, diante de uma derrota por pontos no extinto Pride.
O nocaute, conquistado ainda no primeiro assalto, representou o 12º triunfo desta forma do Fenômeno no UFC, marca inédita e histórica, um a mais do que o também brasileiro Anderson Silva e duas a mais do que o ‘Moicano’ Chuck Liddell.
“Quero agradecer a todos os brasileiros que ficaram de madrugada e vieram aqui.
A gente cai, mais a gente levanta. Estou aqui para provar isso”, bradou o brasileiro após a vitória.
A luta
Logo de início, ficou claro que ambos os lutadores estavam confiantes e esperavam o momento exato para colocarem em ação suas melhores armas. Do lado do americano, a potente direita, conhecida no mundo do MMA como ‘Bomba H”. A favor de Vitor, a velocidade da sequência de golpes que deixa os rivais sem chão.
Dito e feito. Assim que Hendo vacilou a parou de se movimentar por dois segundos, o peso médio (84 kg) carioca aplicou um chute alto potente que desequilibrou o atleta visitante. No chão, o brasileiro se posicionou de forma confortável para desferir uma avalanche de golpes que obrigaram o árbitro Mario Yamasaki a interromper o confronto.
Coadjuvante de luxo
Franco favorito para a disputa, Glover Teixeira deixou claro que merecia o status. Melhor em pé e disposto a trocar golpes o tempo todo e ceder quedas ao adversário, o meio-pesado (93 kg) mineiro foi o agressor o tempo todo e deixou o americano Patrick Cummins sem saída.
Wrestler nato, o americano anotou duas quedas no primeiro assalto, mas em nenhuma delas conseguiu segurar o brasileiro no chão. E, uma vez em pé, Glover sobrou e deixou o visitante nocauteado em pé e salvo pelo gongo, a ponto de precisar da intervenção do árbitro para segurar o agressor antes que o pior acontecesse.
Cena que se repetiu praticamente da mesma forma, não fosse o tempo restante no cronômetro, o que obrigou Herb Dean a decretar o nocaute técnico do americano, que sofria uma saraivada de golpes sem defesa junto à grade do cage.
Show à parte
Apontado pela mídia nacional como a grande aposta do MMA nacional, Thomas Almeida deu mais um show no octógono. Aos 24 anos, o paulistano anotou sua 21ª vitória na carreira, em cartel que permanece invicto e que conta com apenas um triunfo por decisão dos jurados.
Diante de sua torcida, o peso-galo (61 kg) não tomou conhecimento de mais um rival e atropelou lgo no primeiro assalto. Mais calmo do que de costume, o especialista em muay thai foi sentindo a força do rival e, aos poucos, dominando o octógono. Quando percebeu que era dono do combate, foi questão de tempo.
Um knock down, uma tentativa frustrada de finalização e um chute voador que passou no vazio apenas abriram o caminho para o nocaute espetacular que deixou Anthony-Birchak desacordado e com a perna torta no chão.
“É uma oportunidade única lutar na minha cidade, para este público maravilhoso. Ele e um cara duro, um homem de verdade. Estou amarradão por crescer na minha carreira. Quero lutar contra quem o UFC quiser”, bradou o novo fenômeno de público e crítica.
Um duelo antes, o sempre carismático Alex ‘Cowboy’ levantou a torcida ao entrar no ginásio dançando um famoso hit sertanejo e, com o sorriso no rosto, entrar no octógono para encarar o polonês Piotr Hallmann, que deu trabalho.
Depois de dominar as ações no primeiro assalto, o brasileiro foi rendido na segunda etapa e, ao cair por baixo, não mostrou recursos suficientes para reverter a situação. Resultado: amarra e esperar o próximo giro do gongo. Dito e feito e, logo nas primeiras movimentações, novo nocaute para o especialista em muay thai.