A noite desta quinta-feira derrubou tabus. Camilo não fazia gol há sete meses. Marcou. Guilherme ainda não havia marcado pelo Botafogo. Também guardou. O time não vencia jogos internacionais, fora de casa, há 24 anos; pela Libertadores, há 44 anos. Tudo isso caiu por terra com o 2 a 0 sobre o Atlético Nacional, em Medellín (COL). Com seis pontos, o Glorioso lidera o grupo 1 da Copa Libertadores ao lado do Barcelona (EQU), próximo adversário.
Macnelly Torres, aos cinco minutos, chutou cruzado e Gatito Fernández espalmou. Os Verdes atacavam pela esquerda do ataque, explorando a estreia de Emerson no ano, e improvisado na lateral. Aos 10, O Glorioso tentou pela sua esquerda. Rodrigo Pimpão recebeu e chutou para fora, mas já estava marcado o impedimento.
Com o passar do campo, o Botafogo e seu meio-campo surpreendentemente ofensivo foram tomando conta do jogo. Não era pressão, mas a bola passou a ficar mais com o time carioca. Mas aos 22 minutos o time colombiano quase abriu o placar. Moreno chutou cruzado e Carli precisou desviar no meio do caminho para evitar o pior.
Aos 31, depois do cruzamento da esquerda, Nájera testou para fora. Dois minutos depois, o chute cruzado foi de Camilo, mas o goleiro defendeu. Aso 37, após rebatida, Moreno cabeceou mal uma grande chance. Num contra-ataque, Rodrigo Pimpão arrancou pela esquerda, a bola foi parar em João Paulo, na direita, e o cruzamento foi na cabeça de Camilo. Aos 39, o gol que lavou a alma após dias turbulentos para o camisa 10, que voltou a fazer gol após sete meses.
O Atlético Nacional voltou mais ofensivo para o segundo tempo, apesar de ter dificuldade para passar pela marcação alvinegra. Aos 12, após troca de passes pela direita, Aldo Ramírez chutou para fora. O time de Jair Ventura estava com o contragolpe armado, mas Moreno é quem voltou a gerar perigo, aos 17. O chute, entretanto, foi para fora.
Ao contrário do que ocorreu no primeiro tempo, o Botafogo não melhorou com o passar do tempo. Aos 25, a nova chance de perigo foi novamente do time da casa. Bocanegra chutou cruzado, mas a bola voou por cima do travessão, assustando Gatito. Aos 30, novo susto. Novamente Bocanegra. Filme repetido, bola para fora.
A pressão era total, mas foi inútil. Foi Guilherme quem puxou contra-ataque, aos 47, e definiu o placar com um chute rasteiro: 2 a 0.