Pelos menos 70 presos que cumprem pena no regime semiaberto no presídio Vicente Claudino de Pontes, em Guarabira, realizaram um protesto no começo da noite de ontem solicitando da Justiça a instituição de prisão domiciliar, alegando falta de estrutura da unidade prisional para abrigá-los.
Durante o dia uma comissão de presos procurou a Vara das Execuções Penais para relatar que um dos apenados sofreu um acidente no interior do presídio. A cama onde ele estava caiu enquanto ele dormia. O preso foi socorrido para o hospital e ficou constatado que ele quebrou três costelas devido a queda.
Recentemente, o presídio passou por uma reforma por causa de uma rebelião. As camas de um dos pavilhões foram reconstruídas e segundo os presos apresentam falhas na estrutura.
Ontem, no começo da noite, a promotora de Justiça, Miriam Vasconcelos, fez uma visita à unidade prisional, constatou que as condições são precárias, mas descartou o pedido de prisão domiciliar, feito pelos presos. “A prisão domiciliar está prevista em lei, em casos diferenciados, as condições de fato são sofríveis, mas nesse caso eu não vejo a necessidade da prisão domiciliar. Estamos em contato com as autoridades e se houver necessidade pediremos a interdição da unidade prisional”, disse a promotora.
O secretário de Administração Penitenciária, Valter Virgulino foi informado da situação e disse que vai acionar os órgãos competentes para apresentar um laudo técnico e se for constado falha irreparável na estrutura adotará as medidas legais cabíveis contra a empresa que executou os serviços.
Alguns presos solicitaram transferência para o presídio regional João Bosco Carneiro, mas devido á superlotação, as transferências foram negadas. Ontem mesmo a Secretaria de Administração Penitenciária enviou 80 novos colchões para os apenados. Depois da conversa com a promotora os presos resolveram entrar para pernoitar.