A irmã e assessora do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Andrea Neves, chegou por volta das 14h30 desta quinta-feira (18), no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte. Ela foi presa por agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal na manhã desta quinta-feira (18) no condomínio Retiro das Pedras, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
O primo do senador e de Andrea, Frederico Pacheco de Medeiros, também foi preso em casa, no condomínio Morro do Chapéu, em Nova Lima, na Grande BH. O assessor parlamentar do senador Zeze Perrella (PMDB-MG) Mendherson Souza Lima foi o terceiro preso na região na Operação Patmos, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira após as delações do grupo empresarial JBS, dos irmãos Joesley e Welsey Batista.
Andrea chegou escoltada ao presídio feminino, que fica no bairro Horto, Região Leste da capital mineira. Antes, ela foi submetida um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), onde foi “recebida” por um grupo de manifestantes que gritavam “bandida”.
A irmã de Aécio, que é jornalista e sua principal assessora, foi presa porque há suspeitas de que ela tenha pedido dinheiro ao empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS, em nome do irmão. Ela é considerada operadora do senador nas investigações da Lava Jato.
O advogado Marcelo Leonardo informou que dois celulares e um computador foram apreendidos nesta manhã na casa de Andrea. A prisão preventiva foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Após a prisão, Andrea Neves foi levada para a sede da Polícia Federal em Belo Horizonte onde prestou depoimento. De acordo com Leonardo, ela foi orientada a permanecer em silêncio já que a defesa não teve acesso ao teor dos autos de investigação. “Ela esclarece que trata-se de uma mera relação privada entre pessoas físicas. Não há nenhuma relação envolvendo cargo, negócio ou função públicos”, disse o advogado.
O defensor ainda disse que vai analisar os autos e pedidos de investigação antes de tomar qualquer providência, mas acredita que a prisão possa ser revertida em alguma medida cautelar.
Fonte: G1