CCL-PB. Essas são as iniciais que aparecem nas listas apreendidas pela Polícia Federal contendo possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18 partidos políticos. Trata-se do mais completo acervo do que pode ser a contabilidade paralela descoberta e revelada ontem (22.mar.2016) pela força-tarefa a Operação Lava Jato.
As iniciais sugerem o nome do senador e líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima. Para além disso, ele figura na lista como “parceiro histórico”.
As planilhas estavam com Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, e conhecido no mundo empresarial como “BJ”. Foram apreendidas na 23ª fase da operação Lava Jato, batizada de “Acarajé”, realizada no último dia 22 de fevereiro.
Nas planilhas, que se tornaram públicas nesta quarta-feira (23) através do UOL, aparecem ainda os nomes de mais dois políticos paraibanos filiados ao PSDB: o ex-senador Cícero Lucena e o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, esse último primo do senador Cássio.
As planilhas são riquíssimas em detalhes – embora os nomes dos políticos e os valores relacionados não devam ser automaticamente ser considerados como prova de que houve dinheiro de caixa 2 da empreiteira para os citados. São indícios que serão esclarecidos no curso das investigações da Lava Jato.
Os documentos relacionam também nomes da oposição e do governo: são mencionados, por exemplo, Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre vários outros.
Fonte: Paraíba Já