A denúncia pública feita nesta quarta-feira (19) pela Dra. Vera Lúcia Assis Cartaxo, médica do PSF do Bairro Vermelho envolve a pratica de improbidade administrativa, assédio moral, perseguição e desrespeito aos usuários do serviço público de saúde.
A Dra. Vera Cartaxo relatou que passou a ser assediada moralmente pela Secretária de Saúde do município de Mari, a Sra. Margareth Martins de Paiva, irmã do prefeito, por não concordar com algumas medidas administrativas adotadas pela chefe da pasta da saúde mariense, dentre as quais a que determina que os pacientes hipertensos e diabéticos tenham que fazer um cadastro junto a Farmácia Popular da cidade de Sapé para poder receber o medicamento necessário para o tratamento.
Segundo a médica, a medida prejudica o tratamento dos pacientes, dificulta o recebimento dos medicamentos e o mais grave, o afastamento dos pacientes das unidades de saúde da família, além de com a dificuldade em receber o medicamento os pacientes deixam de procurar atendimento médico e com isso o atendimento a esses pacientes terem diminuído consideravelmente.
Some-se a isso o fato de que o cadastro na Farmácia Popular em Sapé é feito por um funcionário da Secretaria de Saúde de Mari, sem que tenha nenhuma procuração dos pacientes para realizar tal procedimento em nome deles, conforme determina o regulamento para se ter acesso a esse tipo de serviço.
A discordância da médica lhe gerou alguns dissabores, conforme a mesma revelou ao radialista Marcos Sales no Programa Liberdade de Expressão, a exemplo de advertência para que ela não colocasse no receituário a indicação de onde o paciente pegaria o medicamento, no caso era indicado a Farmácia Básica Municipal, e desconto em seu contra cheque por falta não ocorrida, tanto assim o foi que em janeiro deste ano a médica recebeu o ressarcimento das faltas a ela aplicada injustamente.
A médica foi mais além, denunciou o tratamento diferenciado que a Secretária e a Coordenadora da Atenção Básica, Laudicéia Gerônimo, dispensa aos médicos contratados com relação a carga horária, entrega incompleta dos medicamentos da farmácia básica e falta de recursos humanos, como sendo recepcionista e vigilante nas unidades de saúde.
Cartaxo disse que tentou resolver toda essa problemática de forma administrativa, inclusive tendo conversado com a Secretária Margareth Martins por três vezes desde novembro do ano passado, o que não adiantou, tendo que a mesma tomar outras medidas como esta de procurar a imprensa para denunciar a situação.
A médica ainda afirmou que espera que a Secretária Margareth Martins acabe com o cadastro dos diabéticos e hipertensos por parte da secretaria e que com os recursos do Governo Federal compre os medicamentos para a Farmácia Básica do município. Ainda durante a sua fala, ela pediu que cessassem as perseguições contra os servidores da saúde e que os médicos fossem tratados com igualdade.
Fonte: Expressopb