As eleições municipais, que já no primeiro turno deram ao PSB um aumento de 42% em número de prefeituras, vão reabrir um debate interno no partido em busca de uma fusão com outra legenda. A noiva cobiçada vem a ser o PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, cortejada há quase dois anos, mas que só agora tem correspondido ao !@#$%^&*édio.
“A fusão é um tema embrionário. Está ovulando”, diz o deputado Júlio Delgado (PSB-MG). A primeira parte das negociações pode ser feita logo depois do segundo turno quando Delgado candidato a presidência da Câmara, vai procurar o PSD para formar um bloco na tentativa de quebrar a hegemonia PT/PMDB no comando da Casa.
O líder do PSD na Câmara, Guilherme Campos (SP), por enquanto não diz sim nem não, mas se mostra disposto ao namoro. “Vamos aguardar o final do segundo turno”, afirma. Dentro do PSB, outro nome de peso a favor da fusão com o PSD, é o deputado Alexandre Cardoso, candidato a prefeito de Duque de Caxias (RJ). Para ele, a unificação daria musculatura a um novo partido no Congresso (na Câmara nasceria com a maior bancada, de 91 deputados) e, de quebra, abriria caminho para uma terceira via de disputa pelo poder.
Com 39 deputados – oito deles licenciados -, o PSB quer viabilizar a candidatura à Presidência do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Mas ao contrário do que sugerem as urnas agora, é um projeto para 2018. Alexandre Cardoso acha que pelo desenho atual da política, o partido marcharia com Dilma Rousseff novamente em 2014.
Porém, a fusão iria de encontro à pretensão de outras duas estrelas do PSD, o prefeito Gilberto Kassab e a senadora Kátia Abreu. A senadora tem dito que não disputará o governo de Tocantins em 2014, mas quer um ministério na provável reforma de janeiro como trampolim para uma eventual candidatura à Presidência em 2018.
Por Levi Ramos