O projeto OAB Itinerante realizado nesta quinta-feira (14) no auditório do Centro de Humanidades da UEPB, em Guarabira, contou com participação de estudantes do curso de Direito da instituição e reuniu ilustres convidados para proferir palestras de interesse da comunidade acadêmica.
Idealizado em parceria com o Núcleo de apoio ao Estagiário, Comissão do Jovem Advogado e Centro Acadêmico de Direito, o evento levou para a UEPB a discussão de questões que vão interferir no cotidiano dos futuros advogados, que serão egressos da instituição.
Presidida pelo advogado e professor substituto do UEPB, Kleiton César Viriato, a primeira mesa de debates foi formada pelo jovem advogado Danilo Toscano Mousinho Trócolli, que versou sobre o exame de ordem; depois o também jovem advogado Júlio César Nunes da Silva proferiu palestra com o tema ‘ Os desafios e dificuldades do Jovem Advogado’ e por fim o presidente da Subseção da OAB-Guarabira, Antônio Teotônio de Assunção, falou sobre sua experiência como operador do Direito e a construção da ‘Carreira do Advogado’.
Para Teotônio, quem escolhe a advocacia como carreira precisa trabalhar no mínimo doze horas por dia e elencou uma série de dicas para o sucesso profissional. “O advogado precisa delimitar sua área territorial de atuação. Quem abraça muito, aperta pouco. Eu defino que o advogado é uma espécie de clínico-geral, tem que ter remédio jurídico para tudo”, pontuou Assunção.
Num segundo momento do evento, o juiz Jeremias de Cássio Carneiro de Melo, teve a oportunidade de falar a respeito dos ‘Precedentes judiciais no Novo Código de Processo Civil: incremento da força vinculante’.
O magistrado, em sua fala, fez questão de salientar que o campus da UEPB de Guarabira saiu na vanguarda ao discutir, a partir de iniciativa do professor-doutor Luciano Nascimento, teorias do professor italiano Raffaele De Giorge que fundamenta o Direito como linguagem e comunicabilidade e considerou que em muito breve isso estará sendo discutido academicamente no mundo inteiro.
Jeremias fez um apanhado de dados estatísticos de processos existentes no Brasil, lamentando a avalanche de demandas para um quadro deficitário de magistrados e criticou a incoerência nas decisões judiciais e descompasso com decisões tomadas por tribunais regionais e superiores.