O presidente do Tribunal de Contas do Estado, Arthur Cunha Lima, fez hoje durante a sessão ordinária, um desagravo à corte de contas por causa do incidente de falsidade documental apresentado na tarde de ontem pelo advogado da Coligação A Força do Trabalho, Fábio Brito. Arthur negou que tenha havido influência política, mas admitiu que houve um erro no relatório encaminhado pelo TCE ao Tribunal Regional Eleitoral como subsídio a uma ação de investigação judicial eleitoral (Aije) contra o então candidato à reeleição Ricardo Coutinho (PSB). No documento, houve um acréscimo de 40 mil servidores na folha do Estado.
“A formatação de um quadro não muda os números. Houve a não subtração dos 29 mil aposentados e 11 mil pensionistas. Essa diferença está assinalada na informação. Mas, é preciso saber ler a informação contábil e cabe ao Governo do Estado informar em sua defesa o esclarecimento que o corregedor eleitoral verificasse. Em suma, quando se faz uma soma em contabilidade, você coloca o total e o subtotal. O que ocorreu no quadro e não nos números é que apareceu o subtotal como se fosse o total. O Tribunal é sério, composto de homens honrados e a equipe técnica é uma das melhores do país e merece todo respeito”, disse ele.
O presidente do TCE ainda declarou que não iria politizar esse debate: “Não teremos respostas políticas, mas sim técnicas. Fui procurado pelo procurador geral do Estado e pelo secretário de Comunicação. Eles questionavam porque estávamos a fazer análises das despesas de Governo durante o período eleitoral e eu saí levantando de 2002 para cá e a legislação determina uma série de levantamentos em relação à Comunicação no ano eleitoral. E todos os governos têm a mesma informação contida no relatório atual. O TCE fez isso em todos os governos”.