O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou nesta segunda-feira (7) que já foram recolhidas cerca de 100 toneladas de óleo de todo o litoral do Nordeste na operação para recolher o material que tem atingido praias da região desde o início de setembro. A origem das manchas ainda é desconhecida.
Salles desembarcou no aeroporto Santa Maria, em Aracaju, onde pegou um helicóptero e percorreu o litoral sergipano durante cerca de 30 minutos.
Um balanço divulgado neste domingo (6) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que:
- chegaram a 132 os locais atingidos pelas manchas de óleo;
- no total, 61 municípios foram afetados;
- o material se espalhou por 9 estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Neste sábado (5), o governo de Sergipe decretou situação de emergência, e o projeto Tamar suspendeu a soltura de filhotes de tartarugas marinhas por conta do problema. No mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro determinou uma investigação sobre as origens do óleo.
“Viemos aqui [em Sergipe] cumprindo uma determinação do presidente da República, para tomar as medidas urgentes, para determinar em 48 horas, no prazo que ele assinalou, a resposta técnica para aquilo que podem ser as origens desse vazamento de óleo”, afirmou o ministro após o sobrevoo.
Ele citou que “até o momento não se sabe com precisão que óleo é esse” e pediu cautela com relação às informações sobre a gênese do material.
“A nossa preocupação agora é verificar, efetivamente, quais as medidas de aprofundamento da identificação das origens desse óleo. Se sabe que não é um óleo de origem brasileira”, declarou.
Uma investigação inicial já havia apontado uma origem comum para todo esse material que está poluindo as praias. Além disso, a Petrobras já confirmou tratar-se de petróleo cru, que não é produzido no Brasil.
Do G1