O Facebook anunciou nesta quarta-feira (8) a remoção de uma rede de contas e páginas, tanto na rede social quanto no Instagram, ligadas ao Partido Social Liberal (PSL) e a gabinetes da família Bolsonaro.
Segundo a empresa, essas contas estavam envolvidas com a criação de perfis falsos e com “comportamento inautêntico” — quando um grupo de páginas e pessoas atuam em conjunto para enganar outros usuários sobre quem são e o que estão fazendo.
Mesmo com os responsáveis tentando ocultar suas identidades, as investigações da rede social encontraram ligações de pessoas associadas ao PSL e a alguns dos funcionários nos gabinetes do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos -RJ), do presidente Jair Bolsonaro, e também de Anderson Moraes e Alana Passos, ambos deputados estaduais pelo PSL no Rio de Janeiro.
Veja o que o Facebook divulgou sobre a remoção de contas no Brasil
- Foram apagadas 35 contas, 14 páginas e 1 grupo no Facebook, além de 38 contas no Instagram;
- Cerca de 883 mil pessoas seguiam uma ou mais dessas páginas no Facebook;
- Em torno de 917 mil seguiam contas do grupo no Instagram;
- O grupo removido reunia cerca de 350 pessoas;
- Foram gastos US$ 1,5 mil em anúncios por essas páginas, pagos em real. Mais cedo, a rede social que também é dona do Instagram e do WhatsApp divulgou o resultado de uma auditoria independente que, por 2 anos, avaliou como a empresa lida com direitos civis. O Facebook foi criticado nesse relatório.
A companhia de Mark Zuckerberg enfrenta também um boicote de centenas de anunciantes liderado por movimentos civis que podem medidas mais duras contra a propagação de ódio nas redes.
Além do Brasil, o Facebook anunciou que removeu contas nos Estados Unidos e na Ucrânia, que também miravam audiências dentro daqueles países.
Contas localizadas no Canadá e no Equador também foram derrubadas, mas essas miravam impactar outros países, como El Salvador, Argentina, Uruguai, Venezuela, Equador e Chile, segundo a empresa.