O corpo do radialista Pedro Alves está sendo velado desde às 14h na Loja Maçônica Tiradentes, localizada na Rua Epitácio Pessoa, ao lado da Rádio Rural de Guarabira. Pedro morreu na manhã desta quarta-feira (9), no Hospital Memorial São Francisco, em João Pessoa, de insuficiência respiratória.
O sepultamento de Pedro Alves, que também já teve oportunidade de ser venerável mestre da Loja Maçônica Tiradentes, será sepultado às 8h da manhã desta quinta-feira (10), no Cemitério Bom Jesus, na saída para Pirpirituba, em Guarabira.
Diabético, passou a ser paciente crônico renal depois dos problemas sucessivos de saúde. Pedro teve problemas cardíacos e fez cirurgia para desobstruir as artérias coronárias. Com dificuldade para enxergar, Pedro Alves recebia os cuidados dos filhos e da esposa Dona Zefinha, sua companheira de toda vida.
No velório, muitos são amigos, ex-colegas de trabalho e fãs de Pedro Alves que estão indo levar solidariedade aos familiares. Entre eles os radialistas Eri Rodrigues, Marcos Fernandes, Humberto Santos, Edinaldo Silva, Jota Alves, Edmilson Silva, Gilberto Cândido, Eraldo Luís, Zé Roberto e tantos outros que foram abraçar os familiares de Pedro.
Aposentado pela Rádio Constelação FM de Guarabira, onde foi um dos fundadores, Pedro viveu em função do rádio. Iniciou sua carreira a partir da experiência na Publicidades Piloto, no final dos anos 70, junto com o saudoso Expedito Santos. Depois foi trabalhar na Rádio Cultura AM, de onde saiu para a Constelação, em 1985, onde trabalhou até a aposentadoria, em meados de 2008.
Pelas mãos de Pedro, na condição de diretor, a Rádio Constelação foi a primeira FM da Paraíba a transmitir toda a programação ao vivo, com locutores em todos os horários, sem a necessidade de fazer uma programação enlatada, como faziam as demais.
Quantas emoções
Assim como pelo rádio, Pedro era apaixonado por Roberto Carlos. Por três décadas, apresentou o programa ‘Roberto Carlos Exclusivo’, na Constelação, nas manhãs de domingo. O radiofônico ganhou a simpatia do público de todas as idades e de toda a região. Muitas foram as vezes que o programa era apresentado de outras cidades, a convite dos ouvintes. A caravana do Pedro Alves pegava a estrada e fazia a festa aonde chegava.
Com o sucesso do programa, Pedro criou o Clube do Rei. As pessoas faziam as carteiras e a partir se declaravam ouvintes de carteirinha do programa.
O senhor Severino Vicente Soares, foi ao velório e mostrou com orgulho a carteirinha de ouvinte do programa apresentado por Pedro. “Desde que Pedro Alves começou a fazer o programa de Roberto Carlos, eu escuto. Quando ele disse que estava fazendo a carteirinha eu fui logo fazer a minha e levo pra todo canto”, disse o fã.
Mesmo aposentado, continuava a apresentar o radiofônico. Quando teve problemas de saúde, se afastou do programa por algumas oportunidades, depois voltou a apresentar, mas as sequelas não permitiram que Pedro tivesse a mesma desenvoltura. A dificuldade em articular as palavras e de locomoção (tinha de subir lances de escadaria até o estúdio) fez com que Pedro faltasse com frequência às apresentações do programa até deixar de vez, no agravamento da saúde.
Uma das maiores alegrias de Pedro Alves foi ir ao camarim de Roberto Carlos, em um dos shows que o Rei fez em João Pessoa. Lá, Pedro fez uma fotografia ao lado de Roberto e presenteou alguns amigos e ouvintes com a foto numa moldura.