A frequente retração que se vem verificando na produção industrial do país, com drástica repercussão no consumo das famílias, é o principal motivo por que se vem agravando, mais e mais, a crise financeira que se abate sobre todas as prefeituras paraibanas, a ponto de algumas delas, algo em torno de 10%, não poderem arcar com o compromisso legal de efetuar o pagamento do 13º salário, a seus servidores, no último mês do ano.
A revelação é do presidente da Famup (Federação de Associações de Municípios da Paraíba), Tota Guedes. Segundo ele, o problema tem acarretado quedas, constantes e vertiginosas, no repasse do FPM, que constituído de percentuais do IPI (Imposto de Produtos Industrializado) e do IR (Imposto de Renda).
“A situação de dificuldades por que vêm passando as Prefeituras da Paraíba, em particular, é tão greve, que, nem mesmo a cota-extra que incide, a cada 10 de dezembro e por força de EC (Emenda Constitucional), tem ajudado os gestores a cumprirem, majoritariamente, com esse compromisso, sem contar que, em alguns casos, ainda há os que não podem fechar folhas de pagamento dos últimos meses do não”, comentou.
De acordo com Tota Guedes, as demandas da população são cada vez mais crescentes, e muito dispendiosas, em todos os municípios do estado, principalmente no que concerne aos programas de assistência à saúde, sem contar com os dispêndios referentes aos encargos sociais e o custeio da máquina pública, no que se incluem compromissos com fornecedores.