A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) vai realizar sessão especial em apoio à mobilização dos prefeitos em protesto à política adotada pelo governo federal sobre a maior seca dos últimos 50 anos. O evento vai acontecer na segunda-feira (13), às 15h, no Plenário José Mariz, e vai servir para o debate sobre a situação das prefeituras paraibanas e o retardo nas ações governamentais diante da falta de chuvas, morte de animais e falta de água para o consumo humano.
O presidente da Federação das Associações dos Municípios da Paraíba (Famup), Buba Germano, e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ricardo Marcelo, definiram como será a sessão especial em um encontro esta semana. Os prefeitos paraibanos vão fechar simbolicamente todas as prefeituras e acamparão na sede do Poder Legislativo da Paraíba. O movimento pretende a desburocratização de medidas emergenciais para o socorro aos afetados pela estiagem.
Os deputados estaduais foram convidados a apoiar os prefeitos nessa sua nova luta. “Estamos cobrando uma maior atenção do governo federal sobre a questão da seca, que deixou um rastro de destruição sem comparação na história do Nordeste”, afirma Rubens Germano, presidente da Famup.
Numa reunião em Maceió, os presidentes das entidades que congregam os municípios nordestinos definiram a manifestação no dia 13 e um ato em Brasília, no dia 14, quando eles entregarão aos presidentes do Senado e da Câmara a Carta do Nordeste.
De acordo com a Carta, mais de 1.400 municípios nordestinos decretaram Situação de Emergência este ano. Isso totaliza 22% das cidades brasileiras. Quase 10 milhões de pessoas passam por problemas como a falta de água, a perda do rebanho e o desemprego.
Se não bastassem os prejuízos, na Carta do Nordeste, os municipalistas explicam que a baixa arrecadação neste ano, principalmente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), piora a situação.
Ascom/ALPB