Em Campina Grande, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que não iria polemizar com o ex-presidente Lula, libertado da prisão na última sexta-feira (8), após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que declarou inconstitucional a prisão de condenados em segunda instância. “Não vou polemizar com condenado”, disse ele após ser indagado pelo repórter Maurílio Júnior, do Portal Mais PB.
Em seu primeiro discurso após ser solto, Lula afirmou que Bolsonaro governa para milicianos, mas o presidente disse que não responderá às acusações. Ele também não quis falar sobre a PEC que vai analisar a prisão em segunda instância no Congresso
Nacional. “Eu não voto e o parlamento tem completa independência”.
Sobre as ações do governo, o presidente disse que a prioridade “é concluir as obras, e não começar nada novo”.
Ao lado do ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto; do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues; do líder da bancada federal, Efraim Filho; e de várias outras autoridades, o presidente evitou comentar a ausência do presidente do PSL na Paraíba, o deputado federal Julian Lemos, que costumava ser um de seus maiores aliados.
O deputado paraibano, porém, tem estado em atrito com os filhos do presidente e declarou que não participaria do evento, que conta da presença de políticos envolvidos em acusações de corrupção.
Presença de Cássio
Afastado da vida pública desde as eleições de 2018, o ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB) chegou de surpresa na solenidade de entrega das casas e apartamentos do Complexo Habitacional Aluízio Campos, ocorrida no final da manhã de hoje.
Ovacionado pela população presente no evento, Cássio esteve, entre outras autoridades, no palanque junto com o presidente da República Jair Bolsonaro (PSL), e o prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues (PSD).
O ex-senador, inclusive, recebeu vários elogios de Bolsonaro, durante o discurso do presidente na solenidade, onde ele destacou a força de Cássio não só na cidade, mas no Brasil.
“Não existe momento maior, e de satisfação para um político, de ser recebido pelo seu povo. Nós todos chegamos um pouquinho mais cedo, mas tem um cara que chegou exatamente agora, que é Cássio Cunha Lima. Ela chegou, modestamente, e queria ficar na segunda fileira. Eu disse que não! Fique na primeira fileira e, se não tiver vaga, fique na minha cadeira. A maneira como ele foi recebido por vocês… Me desculpem, mas ele não é mais patrimônio de Campina Grande. Ele não é mais patrimônio do Nordeste, é patrimônio do Brasil. E, pelo que vi dele neste dia, ele tem mais 40 anos para trabalhar por nós. Deus lhe deu vida longa”, disse Bolsonaro.