Gabriel Medina está na briga pelo título mundial e chegará à derradeira de 11 etapas do Circuito Mundial no Havaí na vice-liderança do ranking mundial, atrás apenas de John John Florence. Só a vitória interessava ao brasileiro em Portugal, e ela veio com emoção, na última onda, em cima de Julian Wilson, um de seus maiores rivais, sendo seu algoz em três finais. Há cinco anos, Medina e Julian se enfrentaram pela primeira vez em uma decisão na elite nas ondas de Peniche. A lembrança da final polêmica em 2012, vencida pelo australiano, segue cristalina na memória e serviu como combustível em 2017. Os dois se encontraram novamente nas decisões de Pipeline 2014 e Teahupoo 2017, e o australiano levou as duas, mas, desta vez, o primeiro brasileiro campeão mundial não deu espaço.
Precisando do título para manter vivo o sonho do bicampeonato no Pipeline Masters, Gabriel apostou no jogo aéreo e se vingou finalmente do Julian nas ondas fortes e tubulares de Supertubos, coroando uma campanha impecável na Europa. Com as vitórias em Portugal e na França, Medina chegará ao North Shore da ilha havaiana de Oahu como número dois do mundo, com 50,250 pontos, a apenas 3.100 de distância do líder John John Florence (53.350).
Julian Wilson (45.200) pulou de sexto para o quarto lugar com o vice em Peniche, Jordy Smith (47.600) caiu de segundo para terceiro com a precoce eliminação no round 3. O havaiano defenderá a ponta e o caneco no North Shore de Oahu, o seu quintal de casa. John John precisa chegar à final no Pipeline Masters – contra qualquer rival, inclusive Medina, – para conquistar o bicampeonato diante de sua torcida, sem depender de outros resultados. Já o brasileiro precisa que o rival fique no máximo em terceiro em Pipeline para conseguir o bi mundial. Neste cenário, Medina teria ainda que vencer a etapa derradeira.
O retrospecto conta a favor do paulista de São Sebastião no Havaí. Foi ali onde ele conquistou o inédito troféu para o Brasil no surfe em 2014. Na ocasião, ele ficou com vice mesmo com um tubo nota 10 de backside, sendo barrado por Julian Wilson. Em 2015, o local de Maresias fez outra final no Havaí. Gabriel perdeu uma disputa equilibrada para Adriano de Souza, que sagrou-se campeão mundial naquele ano, mas ficou com a Tríplice Coroa Havaiana.
Fonte: G1