De 08 a 12 de abril deste mês, mais de 24 mil pastores e evangelistas se reunirão em Brasília para escolher entre o pastor José Wellington e o pastor Samuel Câmara na disputa pela CGADB-Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, que representa 55 mil pastores. Numa espécie de conclave tropical, eles escolherão o novo líder da Assembleia de Deus.
Segundo o jornalista Felipe Patury, da revista Época, essa é a primeira vez que há uma disputa acirrada pelo cargo desde que José Wellington chegou ao poder: “Na eleição, devem votar 25 a 30 mil pastores. Há denúncias de irregularidades nas inscrições para o colégio eleitoral. Uma comissão analisa o caso”, escreveu o jornalista em sua coluna no site da revista.
O pastor José Wellingto nasceu em São Luis do Curu, interior do Ceará. Aos 68 anos, viajou em campanha pelo Brasil nos últimos quatro meses pregando uma “palavra mais conservadora”.
Seu rival, já pela terceira vez, é o pastor Samuel Câmara, 56 anos, natural de Cruzeiro do Sul, Acre, um pastor bastante popular entre as lideranças jovens.
Câmara tem forte apoio no Norte e Rio de Janeiro. São Paulo e Nordeste tendem a preferir Wellington.
Aos 68 anos, o atual presidente da CGADB lidera a Assembleia de Deus Ministério do Belém (SP), e está próximo de completar 30 anos no cargo. Em 1989, José Wellington renunciou à presidência para poder disputar o cargo novamente na AGO seguinte, e o fato foi visto por muitos como uma forma de burlar o regulamento em vigência à época.
Recentemente, seu principal crítico e agora adversário comentou o episódio e afirmou que José Wellington se manteve no cargo às custas de alterações diversas no estatuto da convenção: “Pela primeira vez na história da CGADB, um presidente renunciou ao cargo numa manobra para burlar a proibição estatutária que vetava a reeleição. Três meses depois, ele mesmo estava concorrendo à reeleição em São Paulo.
Daí, ficou fácil ferir a história, reformar várias vezes o Estatuto para ficar no poder até hoje e ainda estar buscando se reeleger pela 11ª vez”, disse Samuel Câmara.
Líder da Assembleia de Deus de Belém do Pará, disputa novamente a eleição para presidente da CGADB, e apresenta-se como o principal adversário político de José Wellington, e lançou durante o ano de 2012, um livreto em que listou suas propostas para a convenção assembleiana. Câmara afirmou à época do lançamento que o livreto era de leitura obrigatória para os pastores assembleianos que votarão nesta edição da AGO.
Câmara propõe que haja rotatividade dos presidentes da CGADB, de forma a permitir “a vitalidade, a renovação e a integração nacional”, para segundo ele, permitir o surgimento de novas ideias e líderes: “A História nos ensina que a permanência no poder de um único líder por muito tempo destrói a liderança das gerações seguintes”, afirmou.
Entre as demais propostas, estão a criação de uma rede de rádio e TV próprias da Assembleia de Deus no Brasil; expandir a evangelização no Brasil e no mundo com novas estratégias; descentralizar a administração da CGADB montando um escritório em cada estado; transformar a Faculdade da Assembleia de Deus num centro de excelência em consultoria e assessoria às Igrejas e convenções; entre outras que podem ser consultadas no livreto. Para baixá-lo, clique aqui. Saiba mais sobre o candidato acessando WWW.pastorsamuelcamara.com.br.
A chapa formada pela candidatura do pastor Samuel Câmara à presidência chama-se “CGADB para Todos”.
Fonte Revista Época