A Prefeitura de Alagoinha, sob o comando do prefeito Alírio Filho, determinou nesta sexta-feira (6) o fechamento da rádio comunitária Alagoinha FM, sob a alegação que o veículo de comunicação popular estava operando na clandestinidade, sem autorização do Ministério das Comunicação para continuar funcionando, já que faltaria renovar a concessão.
De acordo com texto distribuído pela assessoria da gestão, a emissora comunitária também está com o alvará de funcionamento municipal em atraso, o que também proibiria o funcionamento e que foi determinado o “encerramento imediato das atividades de rádio”.
“A Prefeitura Municipal de Alagoinha determinou, hoje (06), o fechamento da Rádio Comunitária Alagoinha FM, após constatar que a emissora vinha operando de forma clandestina, sem alvará municipal de funcionamento e com a outorga federal vencida junto ao Ministério das Comunicações. Com base nessas constatações, foi determinado o encerramento imediato das atividades da rádio, em cumprimento à legislação vigente. A emissora foi formalmente notificada para apresentar, no prazo legal, toda a documentação necessária e adotar as providências exigidas para sua regularização”, diz a assessoria.
Com base nas alegações, fiscais de tributos da Prefeitura interditaram o funcionamento da emissora.
A reportagem tentou ouvir a direção da emissora para colher a versão e as medidas jurídicas que estão sendo adotadas a respeito da ação administrativa da prefeitura, encerrando as atividades de rádio, mas até o momento não houve retorno.
O advogado Vítor Beltrão, que foi candidato a prefeito nas eleições do ano passado no município, reagiu nas redes sociais e considerou o ato com “ditadura” e prometeu lutar contra.
Incêndio em março de 2025
No dia 30 de março desse ano, um domingo, o prédio da emissora foi vítima de incêndio. As chamas destruíram o teto com o forro, dois aparelhos de acondicionado, 50 cadeiras de plástico e mesas de madeira, entre outros objetos.
Na oportunidade, a ex-prefeita e uma das diretoras da emissora, Alcione Beltrão, afirmou que o incêndio foi criminoso. “Não tenho dúvida que foi criminoso”, disse a ex-gestora ao Portal MaisPB. A presença de ferramenta tipo alavanca e câmera destruída e redirecionada levam a suspeita que a Alagoinha FM foi vítima de um atentado.
A parte onde funciona o estúdio não foi atingida pelas chamas. Entretanto, de acordo com a direção da rádio, há indícios de que também tentaram incendiar essa área inferior do imóvel.
O incêndio foi contido pelo Corpo de Bombeiros de Guarabira.