A professora Adriana Lucena, testemunha do acidente que vitimou o jovem Ramalho Neto, ocorrido na tarde desta sexta-feira (25), contou que dirigia no sentido contrário e viu quando o estudante bateu na mureta de proteção da ponte e o carro rodopiou duas vezes no ar, até se chocar no para-brisas do caminhão, que parou na frente do carro que ela conduzia.
De acordo com Adriana, Ramalho foi seu aluno. No depoimento, em seu perfil no facebook, a professora disse que por pouco também não foi atingida pelo carro de Ramalho.
Veja íntegra da postagem:
Primeiro, agradeço a Deus pelo livramento de hoje, meu anjo da guarda hoje não estava de brincadeira. Segundo, ainda estou em choque e transtornada em acompanhar o acidente de Ramalho. Eu vinha em direção contrária a ele, parei para que ele passasse quando o carro que ele vinha bateu no começo da ponte, voou , rodou 2 vezes no ar, bateu no parabrisa do caminhão que já tinha parado também e caiu no final da ponte, ao lado do meu carro e quase me atingindo também. Foi algo surreal, coisa de filme de terror! Desci, desesperada e dizendo a todo momento : Deus, vai lá, coloca a tua mão, não deixa que nada de mal aconteça. Maria passa na frente, não sabia quem era, quando peguei os documentos e vi… Foi meu aluno, um menino exemplar, muito bem criado e onde todos que o conheciam, o adoravam. Um rapaz, doce e muito inteligente. Não tinha nada na frente dele para que ele batesse ou sequer a estrada estava movimentada as 3:50 da tarde. Até agora procuro explicação por qual motivo tudo isso aconteceu, não teve nada, juro. Algo inexplicável apesar dele estar correndo muito…. Eu estou muito abalada e a única coisa que posso fazer agora é rezar por ele e por sua família que está vivendo essa dor terrível. Só sabe o que é isso quem passa. Que Deus se compadeça de todos. Mais uma vez, mesmo sem acreditar no que eu vi, quero crer que todos nós temos o nosso tempo aqui na terra. Hoje eu sei também que não era meu dia… Que Deus coloque a mão sobre essa familía, porque só ele mesmo!
Fotos: Gibal Martiliano