A população de todas as regiões do Estado segue sofrendo as consequências do protesto de caminhoneiros nas rodovias federais que cortam a Paraíba e no Porto de Cabedelo. Em pelo menos 80% dos postos não há mais estoque de gasolina.
Em Guarabira, já está sendo registrada a falta de gás de cozinha, já que os caminhões que transportam o produto não estão conseguindo trafegar. Distribuidoras de alimentos também enfrentam problemas para entregar os produtos.
Nos postos de combustíveis que ainda podem ser encontrados os produtos, imensas filas estão formadas desde a tarde de hoje. Motoristas tem colapso no abastecimento e por isso milhares de carros congestionam os terminais de abastecimento de gasolina, etanol e diesel. Donos de postos aproveitaram a escassez e aumentaram ainda mais os preços, mas mesmo assim as pessoas estão abastecendo para garantir pelo menos combustível para a locomoção diária.
Nas redes sociais, muitas foram as imagens compartilhadas por clientes aguardando nas filas que se formaram em diversos postos. Em pelo menos três no começo da noite já não havia mais combustível.
A Polícia Rodoviária Federal informou que até o início da noite desta quarta-feira (23) nove pontos de rodovias federais que cortam o estado haviam sido bloqueados. Na BR-230 foram registrados três bloqueios em Campina Grande e os demais em João Pessoa, Soledade, Bayeux, Sousa, Monteiro e Boa Vista.
Em João Pessoa, os protestos interditaram o trânsito em várias regiões da cidade. Na Avenida Epitácio Pessoa, os índios retomaram as manifestações. Já no bairro do Valentina, motoristas de alternativos e motoboys fecharam a avenida que liga o bairro a Mangabeira e atearam fogo em pneus.
Por volta das 15h, motoristas de aplicativos de transportes privados interditaram a avenida Sérgio Guerra, principal dos Bancários, nos dois sentidos. Há bloqueio também na BR-230, nas imediações do Unipê. Todas as alças do Viaduto do Cristo foram bloqueadas.