O racha entre PT e PSB começou a ter seus efeitos estaduais. Depois de quase um mês da decisão de Eduardo Campos de abandonar o Governo Dilma, agora é a vez de petistas pernambucanos entregarem cargos no governo estadual.
A medida ainda pode ter efeitos colaterais em outros estados, como a Paraíba. O deputado estadual Anísio Maia (PT) deve pedir que petistas que compõem o governo de Ricardo Coutinho (PSB) entreguem seus cargos ainda nesta semana.
O deputado já aconselhou colegas a tomarem esta decisão logo quando houve o rompimento entre os dois partidos, mas os petistas não o fizeram. O presidente estadual do PSB, Edvaldo Rosas, acredita que isto nem chegue a acontecer.
“Os companheiros que estão no governo já são parceiros do governo Ricardo Coutinho desde o início, e não achamos que eles venham a entregar seus cargos no governo estadual”, afirmou na época da cisma entre PT e PSB em nível nacional.
Em Pernambuco, o anúncio foi uma surpresa para petistas que trabalham no governo Eduardo Campos, e que terão que entregar suas cadeiras. A indicação é do ex-presidente Lula, que determinou que PT e PSB não poderão caminhar juntos em mais nenhuma localidade do Brasil.
A posição foi tomada pelo senador Humberto Costa, pelo deputado federal João Paulo e pelo atual presidente estadual da sigla, deputado federal Pedro Eugênio. No entanto, em Pernambuco, parte dos petistas é contra a ruptura.
Entre eles está o ex-prefeito de Recife, João da Costa, e o presidente do diretório municipal do PT na capital, Oscar Barreto. Eles defendem a manutenção dos cargos, sem que haja a necessidade de uma ruptura com o governo de Eduardo Campos.
O PT deve fazer um anúncio oficial ainda esta semana. O partido deve entregar cerca de 25 cargos para a direção estadual, a maioria na área da saúde, da Cultura e da Agricultura.
Fonte: Paraíba Já