A Estação Experimental de Alagoinha pertencente à Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba S/A (EMEPA-PB), com sede no município de Alagoinha, microrregião do Agreste Paraibano, vem desenvolvendo trabalhos seleção genética com o zebu leiteiro com as raças Guzerá e Sindi há décadas. Após a década de 80, os principais obstáculos enfrentados pelos pecuaristas paraibanos na produção de carne e leite de bovinos, decorriam da sazonalidade da oferta de forragens com efeitos do período de seca.
Mais recentemente, as cadeias produtivas destes produtos no Estado da Paraíba têm sido submetidas a acirradas concorrências com cadeias produtivas implantadas em outras regiões. A associação destas duas circunstâncias faz com que a competitividade da carne e leite bovinos produzidas em nosso Estado esteja sendo reduzidas gradativamente anos após anos.
A microrregião do agreste paraibano apresenta um potencial favorável em clima e solos na produção de cana-de-açúcar, por exemplo a variedade BRS 7515, destinada para confecção de forragem para a alimentação dos ruminantes.
A cana-de-açúcar é uma gramínea rica em glicose e sacarose, possui um valor nutricional médio, mas apresenta pontos positivos que a tornam um bom volumoso para os bovinos.
Desta forma, a Estação Experimental de Alagoinha, vem se preparando no cultivo da cana forrageira para ser utilizada em períodos secos. Em 2013, com a distribuição de cana-semente pelo governo do Estado, conseguimos implantar 3,5 ha e, em 2014, incrementando nossa área, já implantamos mais 3,0 há, alargando a área estratégica para 6,5 ha.
Pontos Positivos da Produção de Cana Forrageira:
– Alta Produção por área
– Baixo custo por Kg de matéria seca produzida
– Disponibilidade na época seca
– Manutenção da qualidade após o amadurecimento
– Boa aceitação pelos animais quando devidamente
suplementada
– Alta capacidade suporte: 65 a 70 animais/há durante
100 dias
(consumo estimado de 18kg de matéria verde/animais/dia)
Rubens Fernandes da Costa