A maior luta do Santos no momento não é travada dentro das quatro linhas, mas fora delas. Desde que o clube assegurou a permanência de Neymar até o fim da Copa do Mundo de 2014, a pergunta que ecoa nos corredores da Vila Belmiro é sobre qual lucro o clube terá, caso o camisa 11 saia ao fim do contrato. O Peixe conversa com o pai do craque para prolongar o vínculo além desta data, mas sabe que o representante do jogador não tem mais interesse em renovar.
Nesse contexto, o vice-presidente Odílio Rodrigues não descarta a possibilidade de perder o atacante na próxima janela de transferências internacionais, no meio deste ano, em caso de depósito da multa rescisória de 65 milhões de euros (R$ 171 milhões). Em tese, essa seria a última chance de algum clube do Velho Continente pagar algo ao Peixe por Neymar, já que a partir de 13 de janeiro de 2014 ele poderá assinar um pré-contrato com outra equipe. A legislação permite ao atleta acertar com qualquer equipe faltando seis meses para o término do seu vínculo, dia 13 de julho de 14.
– Se depositar a multa, não tem jeito. Faz parte do contrato e ele acaba saindo, porque isso é contratual. A multa é depositada para o Santos, mas sabemos que há outros investidores (Teisa, dona de 5% dos direitos econômicos, e DIS, que possui mais 40%, enquanto o Peixe tem os 55% restantes) e eles teriam de receber as suas parcelas – admite Odílio, em entrevista à Rádio Jovem Pan.
Na imprensa espanhola, Barcelona e Real Madrid aparecem como fortes candidatos a levarem o atleta já nesta temporada. O santista, inclusive, é visto como o pilar da reconstrução do Barça.
No entanto, é pouco provável que haja o pagamento da multa. É mais provável que os europeus aguardem dezembro para ter o jogador sem precisar indenizar o Santos.
Com 11 patrocinadores e acordos comerciais, Neymar recebe cerca de R$ 4 milhões e ganha 90% dos contratos de publicidade que exploram a sua imagem – os outros 10% são do Peixe.
Fonte: G1