Já se passaram mais de dez meses do fim da gestão de dona Fátima Paulino e, ao que parece, pelo menos uma dúzia de viúvas do poder continua com um problema: vista curta.
Quando estavam pendurados nas tetas do poder eles não conseguiam, por mais que mostrassem, enxergar algumas falhas inaceitáveis ocorridas nos oito anos de gestão da peemedebista. As coisas estavam muito claras, estavam cristalinas, mas mesmo assim imperceptíveis para os que não queriam ver.
Estava na cara que a gestão do PMDB relegou a níveis preocupantes o sistema educacional, baixando e muito o número matrículas nas escolas e creches. A capacidade de aprendizagem dos alunos das escolas municipais caiu assombrosamente. A falta de gestão, a desmotivação de professores e alunos fez com que centenas migrassem para escolas estaduais. Quase uma década de atraso no principal tripé da administração pública. E eles não viram.
O Jornal da Globo veio a Guarabira e mostrou ao Brasil o escândalo do cemitério de medicamentos. Toneladas de remédios, muitos dentro prazo de validade, enterrados em cova rasa nas imediações do lixão. Mas eles não viram.
Também não enxergaram que a gestão Paulino deixou de repassar milhões de reais ao Instituto de Assistência e Previdência Municipal. A Câmara de Vereadores permitiu que a Prefeitura parcelasse o montante em dezenas de anos. O prejuízo foi para aposentados e pensionistas que no futuro poderão sentir os efeitos.
Mas esse problema de vista curta não é só coisa do passado, não senhor. Nos dias, atuais eles não conseguem avistar que a administração atual teve de tirar o município de cadastros de inadimplência, num total de 12, que impediam Guarabira de contratar com a União. Não, eles não viram.
A Secretaria de Educação de Guarabira fez um esforço concentrado para recuperar os alunos das escolas municipais e somente no primeiro ano elevou em mais de mil o número de alunos. Os pais de alunos e crianças em idade de creche voltaram a acreditar que a Prefeitura poderia oferecer uma educação de qualidade. E eles, claro que não viram.
Máquinas pesadas trabalharam semanas para abrir uma avenida ao lado do Centro de Reabilitação Maria Moura, ligando os bairros São José e Esplanada ao Nordeste. O próximo passo será a pavimentação e urbanização da área. Mas eles nada viram.
O prefeito Zenóbio Toscano bateu prego durante a campanha pregando placas em ruas que ainda estão descalças e se comprometeu em pavimentá-las. Na semana passada as obras de calçamento tiveram início pelo conjunto Lucas Porpino e outros bairros também serão beneficiados. Ao todo, vinte ruas receberão calçamento. Se viram? Não senhor.
A Prefeitura deve iniciar ainda este ano a construção de um shopping popular para acomodar os vendedores ambulantes que hoje ocupam calçadas e ruas do centro comercial da cidade. A obra está orçada em mais de R$ 5 milhões. Eles não vão ver, mas a população vai agradecer.
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