Por Jota Alves
A cada dia que passa os políticos brasileiros ficam mais desacreditados e se aprofunda a decepção e se procura como agulha num palheiro por um político de vergonha na cara, que honre a palavra e tenha vocação pela decência.
Por causa da crise de existencialismo da política brasileira, fermentada com os escândalos sucessivos de corrupção nos níveis vertical e horizontal, protagonizado pelo petismo no comando do poder por 16 anos, é que que surgiu a “besta fera” chamada Jair Messias Bolsonaro.
É imperioso na cena que se mostra sair da encruzilhada que tentam impor. Os caminhos largos do Bolsopetismo são armadilhas que podem nos levar ao abismo. Há outros caminhos, sim. Chega de Dirceu, Cunha, Renan, Dilma, Gedel, Mourão, Lira, Malafaia, Moro, nº 1, nº 2, nº 3, nº 4. Chega de Lula e Bolsonaro.
Perto de nós, os últimos movimentos na política da Paraíba, por exemplo, nos mostraram que os caras estão dispostos a tudo em nome do poder. Alianças despudoradas, conchavos com algozes e toda sorte de acordos inconfessáveis com vistas a se posicionarem para o bote, na caça às presas fáceis para encher seus buchos e bolsos enormes.
Antes da corrida pelo voto, que ainda tem algumas quadras, a sede está sendo pelo fundão bilionário que vai bancar as campanhas. O governador João, depois de cuspir no PSB, deu voltas em oito e retornou ao mesmo lugar, carregando consigo um punhado de gente que também volta à legenda por conveniência. Outro tanto se amossegou noutras legendas.
Há situações que ocorrem no cotidiano da política não podem ser contadas na presença de crianças, tão sujas e imundas quanto dejetos. Vale tudo para salvar a pele e acomodar os apaniguados.
Essa gente, de todos os partidos, de todas as correntes, de todas as cores quere somente o nosso voto. Em ano de eleições os caras de pau aparecem aos montes e saem às ruas a pedir o voto de confiança dos “bestas” e dos sabidos.
Os “bestas” se deixam levar pelas palavras bem articuladas, pelas promessas descoladas da realidade ou pelo romantismo em acreditar que eles mudaram, embarcam e votam a custo zero. Os sabidos/corruptores dão logo o preço, mandam a real e acertam valores para o sufrágio. O corrupto toma nota do voto comprado e aguarda a entrega no dia da eleição, levando-se em consideração a margem de erro, pois muitos comem de dez e votam em um.
É verdade que em meio ao caos há honrosas exceções dos dois lados e é ainda o que justifica a esperança no amanhã que poderá vir. Ou não.
Jota Alves é radialista com passagens pelas rádios Constelação FM e Rural AM de Guarabira, Tabajara de João Pessoa e jornais Folha do Brejo e Jornal da Paraíba. Atualmente é editor e articulista político do Portal 25 Horas.
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