Se teve um personagem na política de Guarabira no processo eleitoral de 2016 que deu o pulo errado, na hora errada, esse foi o atual presidente da Câmara, Inaldo Júnior, do PTB.
Com autonomia para definir aliança com qualquer partido nas eleições recém encerradas, Inaldo optou por ser candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo PMDB, que teve Fátima Paulino como candidata a prefeita.
Para a definição de sua candidatura, Inaldo passou por um processo desgastante na negociação envolvendo os caciques Toscano e Paulino. O presidente da Câmara foi acusado de ter exigido R$ 169 mil para permanecer no grupo Toscano. Inaldo foi ser vice de Fátima negando a tentativa de extorsão e afirmando que o prefeito Zenóbio Toscano (reeleito) ofereceu R$ 30 mil e benesses na gestão, mas ele não quis ficar.
O episódio que ficou conhecido como “o leilão” deixou a imagem de Inaldo trincada, sobretudo entre os evangélicos, principal reduto eleitoral dele. O presidente da Câmara não convenceu com suas explicações a saída da base governista. Inaldo também o cargo de Secretaria da Mulher que era ocupado por sua esposa, Ellen Bernardo.
Extraídos os boletins de urna, contabilizados os votos, a derrota da chapa por maioria superior a 4,2 mil votos foi muito ruim para o PMDB e muito pior para Inaldo. Num cenário lógico, petebista brigava pela vaga de vice na chapa com Zenóbio, com a saída de Zé do Empenho do páreo, ou se não desse certo, teria uma vaga quase que garantida na Câmara, indo à reeleição.
Passada a eleição, o presidente da Câmara de Guarabira vai cuidar em concluir o seu mandato e rever os seus conceitos. A atividade que exercia fora da política era de dono de correspondente bancário, mas acabou passando o negócio adiante no decorrer da campanha. Inaldo vai ter que olhar para o retrovisor e fazer a pergunta clássica: onde foi que eu errei?