Os eleitores da cidade de Mulungu são chegados a uma aventura. Nas eleições transcorridas no último dia 2 de outubro preferiram arriscar e elegeram Melquíades Nascimento (PTB) para administrar os destinos dos mulunguenses nos próximos quatro anos.
Quem acompanha a história política daquela cidade, sabe que a prefeita atual, Joana D’arc Bandeira (PSB) não tem apego ao poder. Tem dito repetidamente que aceita desafios para fazer o bem à cidade. Foi assim quando disputou mandato de vereadora, quando presidiu a Câmara de Vereadores e quando fez história ao ser a primeira mulher a governar Mulungu.
Se olharmos um pouco para trás veremos que na campanha de 2012, para não ter que dividir as oposições, Darc estava disposta a desistir da disputa pela Prefeitura. Mas atendendo a um apelo das lideranças, conseguiu unificar as oposições e venceu, tendo Fernando Leal, filho do ex-prefeito Achiles como vice na sua chapa.
A experiência de ter uma prefeita foi muito importante para a cidade, que saiu do ciclo vicioso da velha política, das práticas abomináveis e passou a respirar ares do novo. A prefeitura deixou de servir a uns a se prestou ao coletivo, a partir da ampliação de serviços, do acesso à saúde, à educação, antes em frangalhos. Darc resgatou a autoestima do mulunguense e tirou a cidade das páginas policiais.
Quem é do Brejo sabe que a Prefeitura de Mulungu não tinha crédito para comprar um quilo de sal no comércio. A credibilidade e a austeridade implantados na gestão da socialista inaugurou um tempo novo. O funcionalismo passou a ter crédito, a comprar fiado e a confiar que o salário estava garantido.
Foi na gestão de Darc que Mulungu ganhou a maior obra de sua história. O asfalto ligando a Alagoinha e por consequência a Guarabira, fechou o ciclo de sua emancipação. A expressão, ‘só vai a Mulungu quem tem negócio’, ficou em desuso.
A cidade teve a oportunidade de continuar com a gestão de Darc, mas trocou a certa pelo duvidoso. O Mel é um grande ponto de interrogação. Sobre ele paira uma grande dúvida. Não se sabe a preço de que ele tomou como uma obsessão ser prefeito de Mulungu. Perdeu a eleição em 2012 e no mesmo dia anunciou que era candidato; passou os quatro anos fazendo oposição e conseguiu seu intento.
É bem verdade que se fala nos títulos transferidos de outras cidades da região, de pessoas que não tem nenhuma relação de parentesco com Mulungu, mas votaram na cidade. Se fala em centenas dessas pessoas, que teria sido suficiente para desequilibrar o jogo. Mas quem está cuidando disso são órgão competentes, a exemplo da Polícia Federal.
O tempo dirá se a escolha foi o que precisava a cidade. O tempo também se encarregará de nos mostrar o quanto Mulungu perdeu. Darc continuará sendo filha de Mulungu, fazendo o bem à cidade, defendendo os interesses dos mulunguenses. O tempo é o senhor da razão.